Jorge Fernandes foi o protagonista das primeiras galas da Casa dos Segredos 3, até abandonar a Venda do Pinheiro, após insistentes intervenções para defender a tese da orientação heterossexual do filho, Cláudio. Contudo, Jorge Alexandra Fernandes, na vida real, não tem sido um exemplo de conduta mora e legalmente aceitável. Perante a rejeição, o professor de Matemática ameaçou, perseguiu, divulgou imagens nuas e até agrediu as mulheres por quem se enamorou e já foi condenado em tribunal.
As vítimas, entre elas a mãe do concorrente, contam tudo:
Artigo da Revista TV7 Dias: Pai do Cláudio é violento com as mulheres, Jorge Fernandes com pena suspensa e… muitos milhares a pagar
A TV7 Dias esteve à conversa com Mónica Luísa, a alegada vitima de Jorge Fernandes, que nos contou os episódios de violência psicológica que então sofreu. Decoradora de profissão, Monica conheceu o pai do Cláudio num dia em que ele foi ao seu espaço comercial para contratar uma profissional para decorar a sua casa na foz. Trocaram de imediato numero de telefone e a forma como foi abordada pelo professor de matemática nunca faria prever o calvário que se seguiria: "Ele era muito educado, com aquela classe que demonstra ter. Falou-me um bocado da vida dele, que era uma pessoa muito sozinha, infeliz, que não tinha amigos."
Desde logo, Jorge começou a mandar-lhe mensagem em que a tratava por "querida" ou "amor", no dia 25 de Janeiro de 2008 os dois assistiram a um concerto na discute Bela Cruz no Porto, data que marcou a mudança na atitude de Jorge em relação a Mónica. Nessa Noite, a empresária ficou com o carro do professor, porque este sentiu-se mal e teve de ir à boleia para o seu apartamento. Ao recolher a viatura, dois dias depois, Jorge reagiu mal. "Ele começou a chamar-me mentirosa, porque lhe disse que não estava em casa, embora o meu carro estivesse parado à porta. Só que eu estava num café perto e fui a pé. De um dia para o outro, parecia uma pessoa totalmente diferente. Começou a insultar-me ao telefone a chamar-me call girl, prostituta… eu disse-lhe que se continuasse a insultar-me ia fazer queixa à polícia e ele respondeu-me para eu ir fazer "uma geral" aos policias, porque eu era uma porca suja. Todo este tipo de mensagem estão no tribunal" adianta.
Depois das ofensas verbais, Jorge terá decidido ir mais longe e ameaçou partir a loja de que Mónica é proprietária, avisando-a para ter cuidado com os filhos, que estudavam numa escola perto do estabelecimento onde o professor leccionava na altura. "Estive para ai uma semana sem ir à loja. Uma pessoa que muda assim e faz este tipo de ameaças só porque não é correspondido… fiquei assustada. Tive também que pedir ao meu ex-marido que não deixasse os miúdos andarem sozinhos, para ir buscá-los todos os dias." Esta perseguição durou sensivelmente um mês e terá parado na altura em que Mónica decidiu fazer queixa à Polícia. O caso chegou a tribunal, as partes chegaram a acordo e Jorge Fernandes foi obrigado a pagar 2 mil € à vitima e fazer um pedido de desculpas em sala de audiência.
Quatro dias depois de ter chegado a acordo com Mónica Luísa, Jorge Fernandes voltou a sentar-se no banco do réus para ser julgado pelos crimes de violência doméstica e dano, o que lhe valeu uma condenação de dois anos e sete meses de prisão, com pena suspensa e a obrigatoriedade de pagar indemnização de €13 mil. Este outro caso teve inicio em março de 2010, quando o professor de Matemática começou a deixar bilhetes no carro de Sónia Isabel, onde manifestava interesse em conhecê-la. Em abril , os dois começaram a namorar e, de forma a estimular a relação sexual, Jorge Fernandes fotografava e filmava a parceira sem roupa e até em pleno ato. Tudo com o consentimento da namorada.
Contudo, Sónia deixou de ter paz a partir de 3 de Julho, altura em que terminou o namoro. Nesse dia, durante uma festa, onde Cláudio também estava, os dois começaram a discutir e o professor deu uma estalada à sua companheira, o que ditou o fim da relação e o inicio do inferno vivido por esta administrativa de uma clínica de saúde. Jorge Fernandes não se conformou e, em vez de se afastar de Sónia, começou a enviar-lhe emails e a efectuar telefonemas "de cariz ameaçador injurioso, anunciando-lhe que ia exibir as tais fotografias e imagens na internet".
No conteúdo das mensagens Jorge Fernandes acusava-a de atos "desonrosos" e exigia-lhe "a devolução de tudo o que lhe tinha oferecido e o dinheiro correspondente a tudo o que com ela tinha gasto, anunciando-lhe que, caso a mesma assim não agisse, iria exibir e divulgar tais fotografias e imagens, inclusive na internet". Das mensagens, o professor de Matemática passou às acções e enviou as imagens com a ex-companheira nua e em atos sexuais… à entidade patronal dela, a alguns colegas de trabalho e amigos da vítima. Cópias destas mesmas fotografias foram ainda colocadas por baixo da porta do local de trabalho de Sónia e entregues em mão ao porteiro do condomínio onde ela residia na altura.
Jorge terá ainda simulado um atropelamento numa alegada tentativa de suicídio de forma a poder acusar a sua ex-companheira. Segundo o testemunho de um peão, este esperou no local onde sabia que Sónia iria passar e aguardou pelo momento certo para se atirar para cima do carro, acabando depois por dar socos na carroçaria.
Também a própria mãe de Cláudio, com quem Jorge Fernandes esteve casado, confirmou a sua personalidade obsessiva e violenta: "Estive casa com ele durante dez anos e na maior parte do tempo fui vitima de violência psicológica. Ele arranjava problemas por tudo e por nada. Graças a Deus que sou estimada na escola. Se algum colega telefonasse, era poruqe eu já tinha um amante ou porque já havia combinações. Se ele tivesse tido algum problema com alguém, eu nem podia cumprimentar essa pessoa".
Ilda decidiu air de casa e trazer com ela as filhas, Carina e Cátia, agora com 22 e 17 anos, respectivamente. Não trouxe o Cláudio "porque não estava em casa... nessa altura, ele passou 15 dias em casa do pai, até que os advogados chegaram a um acordo e ele foi-me entregue." Sobre todas as acusações de Jorge Fernandes, Ilda Viana diz apenas que "o que ele quer é atingir-me, mas ele assim só atinge os nossos filhos. Nós temos tentado proteger a Cátia, que é a mais nova, mas a Carina está muito revoltada, O Cláudio, quando sair, também vai ficar".
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